PARE E PENSE!!!

“O CRENTE E O JEJUM”

Este é mais um dos rudimentos, tidos como de grande valor dentro dos lugares chamados de igrejas. Na sua grande maioria, eles praticam este ato, e muitos são medidos por sua capacidade de resistência que tem, por abster-se por longos períodos sem se alimentar. Uma igreja que tem o habito de jejuar, é tida como igreja “forte”. Já aquelas na qual, o pastor não estimula seus fiéis a este sacrifício, são tachadas como: igrejas mornas ou frias.

A disputa e jactância que isto produz, é algo assombroso. Um líder que jejua muito, tem a alcunha de ser: “um vaso poderoso”. Este se destaca entre os demais, e dita as regras e os mandamentos entre eles. Porém, o grande erro destes tais, é que já estamos depois da cruz e, não se supõe que nos dias atuais (depois da cruz de Cristo), tenhamos que ver por aí um crente do novo pacto a jejuar.

Onde começou esta prática, e porque ainda vemos isso ocorrer entre os que se intitulam serem verdadeiros cristãos?

Iremos ao velho pacto. Entraremos na história da bíblia e culminaremos no evangelho, para revelarmos ao leitor sua origem, seu valor, e por fim, a sua extinção. Declaramos que os olhos de teu entendimento sejam aclarados por estas verdades, e que você se submeta ao que diz o evangelho.

ORDENANÇAS SEGUNDO A LEI

A primeira referência que mostraremos, se encontra no livro de Êxodo: Moisés foi convocado por Deus para subir ao monte, e receber dele as tábuas da lei. Ali esteve durante quarenta dias e quarenta noites, onde a bíblia descreve que este homem não comeu e nem bebeu, absolutamente nada.

E Moisés esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras do pacto, os dez mandamentos. ÊXODO. 34: 28.

Isso, para muitos, é símbolo de santidade. São vários os relatos que ouvimos: onde líderes; pastores – os tidos como “vasos poderosos”- buscam a imitá-lo. Nem sempre os resultados são benéficos. Imaginem um homem, ficar por quarenta dias e quarenta noites sem nenhum alimento. Seja ele, sólido ou líquido. Ali, o próprio Deus susteve a Moisés, para que este não se debilitasse.

Outra evidência que encontraremos nas escrituras, está descrita em um dos livros do profeta Samuel.

Depois que Natã foi para casa, o Senhor fez adoecer o filho que a mulher de Urias dera a Davi. E Davi implorou a Deus em favor da criança. Ele jejuou e, entrando em casa, passou a noite deitado no chão. Os oficiais do palácio tentaram fazê-lo levantar-se do chão, mas ele não quis, e recusou comer. 2ª SAMUEL. 12: 15 – 17.

O relato diz que Davi jejuou com muita tristeza. No velho pacto, o jejum, sempre foi associado a momentos de angústias. Com Moisés, foi uma exigência para falar com Deus. Porém, sempre encontraremos esta prática, ligada a sofrimentos.

No decorrer dos anos, isto se torna algo comum entre os povos. Deus antevendo uma nova aliança, onde aboliria os sacrifícios, as penitencias, os dias de festas e abluções, anuncia por meio de seu profeta Jeremias, o desejo de não receber mais estas ofertas.

Ainda que jejuem, não escutarei o clamor deles; ainda que ofereçam holocaustos e ofertas de cereal, não os aceitarei. Mas eu os destruirei pela guerra, pela fome e pela peste. JEREMIAS. 14: 12.

Outro recado fortíssimo da parte de Deus, para seu povo, sai dos lábios do profeta Isaías. Ele o faz de uma forma clara e incisiva:

“Será esse o jejum que escolhi”, que apenas um dia o homem se humilhe, incline a cabeça como o junco e se deite sobre pano de saco e cinzas? É isso que vocês chamam jejum, “um dia aceitável ao Senhor”?

“O jejum que desejo não é este”: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo?

Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao próximo?
ISAÍAS. 58: 5 – 7

No verso seis Deus é taxativo; “Eu não quero mais este Jejum”. Temos que nos ater, que tudo aquilo que foi estabelecido no período da lei, era apenas uma sombra para o que haveria de vir.

O JEJUM E A HISTORIA

A partir deste ponto, iremos mostrar a Jesus de Nazaré na prática do jejum. Queremos mais uma vez, esclarecer e orientar ao leitor, que Jesus nunca foi cristão. Ali está um homem judeu, nascido sob o jugo da lei, e que tinha como missão, submeter-se a cumprir toda a lei, destruir ao diabo, e pagar uma dívida que nos foi imputada. Nenhum ser sobre a face desta terra pode cumprir a estes mandamentos em sua totalidade. Coube a ele pagar o preço por nós.

Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto. Onde, durante quarenta dias, foi tentado pelo Diabo. Não comeu nada durante esses dias e, ao fim deles, teve fome. LUCAS. 4: 1, 2.

Um dos maiores embaraços da religião foi colocar os olhos nesta manifestação divina, e buscar copiar tudo o que ele fez quando esteve entre nós. Abençoados, ele mesmo nos advertiu: EU SOU A PEDRA que pode te arrebentar, não coloquem os olhos em mim.

Jesus olhou fixamente para eles e perguntou: Então, qual é o significado do que está escrito? ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular.’ Todo o que cair sobre esta pedra “será despedaçado”, e aquele sobre quem ela cair “será reduzido a pó”. LUCAS. 20: 17, 18.

Todos aqueles que entraram por imitar a Jesus de Nazaré, estão despedaçados. Estamos diante de um sistema religioso, completamente enfeitiçado. Estão perdidos, foram reduzidos a pó, pelo então chamado loiro da Galileia.

Um dos versos mais comuns, que é utilizado por este sistema religioso, para manter-se neste rudimento chamado Jejum, se encontra no livro histórico de Mateus. Esta é uma narração onde Jesus ainda não tinha ido a cruz, logo o diabo e seus anjos ainda estavam a atuar.

Em determinada ocasião, estando seus discípulos a expulsar demônios de um jovem, e após longas horas sem obter êxito, vão estes buscar a Jesus. Eles então descrevem a ele os fatos. Jesus prontamente lhes responde: Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum. MATEUS. 17: 21.

Queremos aqui abrir um parêntese, para explicarmos algo de suma importância: Na versão original (aqui vamos mostrar a espanhola, é a que mais se aproxima dos originais) este verso, está escrito da seguinte forma:

Pero este “género” no sale sino con oración y ayuno.

Jesus dá a seus discípulos um lampejo de graça: Após a destruição de satanás, a única coisa que ficou sobre esta terra, “é um gênero”, sua herança de maldades ficou imputada em nossa carne. “Toda carne” é diabólica, somos deuses em espírito, porém, diabos, nesta carne.

Paulo após reconhecer esta batalha diária, entre sua carne e seu espírito, chega à seguinte conclusão:

Mas vejo “nos meus membros” outra lei que batalha contra a lei do “meu entendimento”, e me prende debaixo da lei do pecado que “está nos meus membros”. ROMANOS. 7: 23.

Atente bem! “É uma lei”. O diabo foi destruído; o pecado foi tirado, mas em nossos membros, em nossa carne, habita esta lei. Vamos à outra evidência bíblica, onde Jesus aponta para um futuro onde o jejum não teria mais valor.

Disseram-lhe então eles: Por que jejuam os discípulos de João muitas vezes, e fazem orações, como também os dos fariseus, mas os teus comem e bebem? E ele lhes disse: Podeis vós fazer jejuar os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias virão, porém, em que o esposo lhes será tirado, e então, naqueles dias, jejuarão. LUCAS. 5: 33 – 35

Aqui encontramos um grupo de judeus que acusam os discípulos de Jesus de não jejuarem; Jesus lhes adverte que isso, estava preste a se findar.

Dias Virão, helooooooo…. Dias, não anos, em que o esposo se ausentará, (três dias); mas, depois de seu retorno (ressurreição), terá algum sentido ficar lamentando sua ausência? Crê você no ressuscitado; crê você que o esposo está presente novamente? Se assim crês, abandone já os rudimentos da doutrina de Jesus de Nazaré, e vá à perfeição!

UM NOVO PACTO, UMA NOVA ALIANÇA

Entramos agora no reino, onde já não há sacrifícios, onde não cabe mais as ofertas alçadas. Cessaram as festas sagradas, os dias santos, as luas novas. Vamos navegar no novo pacto, e este, estabelecido sobre melhores promessas.

Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. ROMANOS. 14: 17.

O reino de Deus não é o que? Quer dizer: quer comamos ou não, quer bebamos ou não, nada poderá nos afastar de seu amor. Se o lugar onde frequentas, existem proibições: não comas isto; não bebas aquilo; não toques; não vistas; não vá; não vejas, aí não está o reino de Deus. O reino de Deus não é nada físico. Seu reino é espiritual, pois o evangelho diz claramente: onde está o espírito de Deus, aí há liberdade.

Ora o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade. 2ª CORÍNTIOS. 3:17.

Na carta de Paulo aos Colossenses, o apóstolo nos mostra que tudo o que estamos vendo dentro destes lugares, chamados de igrejas, não tem valor algum para Deus.

Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, Tais como: não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne. COLOSSENSES. 2: 20 – 23.

Pontos importantíssimos nestes versos:

Quando Cristo morre na cruz do calvário, ali morremos com ele.
Não mais fazemos parte deste mundo, o qual quer agradar a Deus com a carne. Deus não quer mais assunto com carne, hoje servimos a ele com a mente.
São doutrinas e preceitos criados por homens, Deus não tomou parte nisto.
4º – É um culto voluntario Deus não te pediu, para pratica-lo.
5º – Não servem para nada, pois tua carne continua sendo a mesma, cheia de malicias e enganos.

Movamo-nos a primeira carta de Paulo a Timóteo e ali iremos identificar, algo que teria cumprimento nos dias atuais.

Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras e têm a sua própria consciência cauterizada, proibindo o casamento, e ordenando a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ações de graças pelos que são fiéis e que conhecem bem a verdade; 1ª TIMÓTEO. 4: 1 – 3.

É bem interessante essa passagem bíblica, pois todo o sistema religioso que se opõe a sã doutrina, a utiliza, para nos chamar de apostatas. Mas notem o que Paulo está dizendo; Muitos apostatarão “da fé”. Ou seja, vão se submeter a rituais, que exigem sacrifícios, onde proibirão casar-se.

Por ventura você conhece algum sistema religioso, que proíbe a seus líderes casarem?

Vão exigir que façam abstinência de alimentos, seria abster-se de alimentos, jejuar? Não coma carne de porco, não bebas isto, não faças, não toques… Paulo chama isto de doutrinas de demônios. Doutrinas que vieram de mentes carnais, e só servem para a carne. Neste estudo Já identificamos que carne é “gênero” diabo. Ele sim são os apostatas, deixam a fé de lado, para entram nas obras. Tenho que fazer, tenho que me sacrificar. Sacrifícios de tolo, Deus não os recebe mais.

PAULO E O JEJUM

Iremos à parte final deste estudo trazendo um esclarecimento aos que dizem: Paulo jejuou. Existem vários versículos que mostram o apóstolo nesta prática. Então vamos a eles, e que sua mente seja aclarada por esta verdade:

Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez. 2ª CORÍNTIOS. 11: 27.

Paulo foi um homem que passou por muitas lutas e sofrimentos na condução deste evangelho. No relato desta carta, ele confidencia à igreja suas batalhas. A ordem estabelecida é: tive fome e sede. Posteriormente ele declara: estive em jejum muitas vezes. Isto não é doutrinalmente, mas sim o fato de estar embarcado vários dias em navios; náufrago, à deriva; sentindo frio, quase em estado de nudez.

Outra ocasião, em que o apóstolo revela os sofrimentos e perseguições, está referido no capítulo seis desta mesma carta.

Em açoites, em prisões, em tumultos, em trabalhos, em vigílias, em jejuns, 2ª CORÍNTIOS. 06: 5.

Naquela época, não havia fastfood, não tinha Bob’s, McDonald’s, etc… Muitas vezes o apóstolo foi preso, passava “vigílias”, noites encarcerado, sem dormir, horas sem comer. O jejum era “obrigatório”. Isto não fazia parte de nenhum sacrifício oferecido a Deus.

No livro de atos dos apóstolos (ações, fatos), temos uma cena muito incomum: estão muitos em jejum, dentro de um navio à deriva, e Paulo exorta a estes que se alimentassem. Vamos entender este episódio:

Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais e permaneceis em jejum, não havendo provado coisa alguma. Rogo-vos, portanto, que comais alguma coisa, porque disso depende a vossa segurança; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós. ATOS. 27: 33, 34.

O número de vidas que ali estavam, eram duzentas e setenta e seis, e vários destes em jejum, isto ocorria, não por falta de alimentos, mas sim porque ainda seguiam as tradições judaicas.

Paulo vendo a muitos sofrendo, por guardarem os costumes e os mandamentos, traz a eles refrigério: Abençoados! Vocês já estão a quatorze dias sem comer, fique tranquilos, Deus não irá castigá-los se quebrarem a tradição, entrem em repouso, nem um fio de vossa cabeça cairá se Deus não permitir. Com jejum ou sem jejum ele está convosco.

O relato que segue, dá conta, que todos se alimentaram, e que houve ânimo entre eles, e nenhum se perdeu.

CONCLUSÃO

Este reino não é feito de comidas e bebidas; não é feito de sacrifícios e sofrimentos. Jesus de Nazaré um dia declarou: o meu jugo é leve, e o meu fardo é suave. Aqui levamos cativo, todo pensamento em obediência a Deus. Servimos a ele com a mente.

Com a boca confessamos que somos mais que vencedores, estamos livres do pecado, livres da lei, livres do diabo, e fomos criados para viver e desfrutar das boas obras que foram preparadas para nós, desde antes da fundação do mundo. Te declaramos abençoado, com todas as bênçãos!

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